SERVIDORES DELIBERARAM PARALISAÇÃO EM ASSEMBLEIA
No dia 08 de agosto de 2017 os servidores municipais se reuniram em Assembleia na sede do SIMTED para tratar de assuntos de interesse do servidor. A reunião foi uma iniciativa do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Coxim – SINSMC.
Estiveram presentes o Sr José Ferreira, Presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos Estaduais e Municipais de MS (FESERP/MS), o Sr Fernando Anunciação, Presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST/MS), a advogada Dra Irene de Jesus dos Santos, Diretora Jurídica da FESERP e o Sr Jeovani Pereira de Jesus, Diretor Financeiro da FESERP e Presidente do Sindicato dos Servidores de Bandeirantes.
Os assuntos tratados foram:
- Atraso no pagamento dos servidores;
- Concurso Público;
- Atraso de mais de 2 milhões somente esse ano no pagamento da Previdência Municipal – IMPC;
- Crise financeira do Instituto Municipal de Assistência Social de Coxim– IMCAS, com mais de meio milhão de reais em atraso;
- Trabalhadores recebendo por recibo sem garantias trabalhistas;
- Corte no Cartão SINSMC; e
- Outros assuntos administrativos, como: melhorias na chácara do Sindicato e a construção da quadra de vôlei de areia ao lado da sede sindical.
Os servidores lotaram o auditório, ocupando todas as cadeiras disponíveis para o evento e permaneceram quase duas horas debatendo sobre a crise do município, manifestando palavras de revolta contra o atual prefeito Aluízio São José, como “esse prefeito já passou dos limites”, “nós entramos na prefeitura pela porta da frente e não por favor de ninguém!” e ainda “isso não pode ficar assim, está nos fazendo de otários!”. Os servidores presentes levantaram a ideia de realizarem uma greve até que as reivindicações fossem atendidas.
O Dr Caio Campos, assessor jurídico do SINSMC, fez uso da fala e explicou que a paralisação é um direito do servidor previsto na constituição, mas que deve ser usado com cautela. Falou também que a principal garantia para a realização de uma greve é não ter tido diálogo. Como o Executivo não responde aos ofícios do SINSMC existe legalidade para a manifestação, tudo foi devidamente documentado.
Os representantes da FESERP/MS e NCST/MS explicaram que a manifestação deve expressar união e que, caso a Assembleia votasse pela paralisação, os servidores não podem ficar em casa, mas devem ir ao local da manifestação. Dra Irene de Jesus sugeriu que fosse colocado uma lista de presença para contar como livro ponto, registrando o expediente do servidor.
Depois de várias manifestações e considerações dos presentes, o Presidente do SINSMC se dirigiu a Assembleia e fez a seguinte afirmação: “Servidores, quem concorda com a paralisação no dia 24 e 25 levante as mãos.” O auditório se manifestou a favor e ouviu-se do presidente: “A Assembleia é soberana! Aprovado por unanimidade a paralisação nos dias 24 e 25 de agosto!”
Os representantes da FESERP e NCST imediatamente se comprometeram a estar no dia e trazerem um “trio elétrico” para apoiar a manifestação e todo suporte jurídico necessário. Diante da decisão soberana da Assembleia, Paulo Monteiro encerrou os trabalhos e solicitou aos servidores para aguardar a programação da manifestação.